Ford Galaxie 500 (1967) – Edição 25

Ford Galaxie: O primeiro automóvel de luxo fabricado no Brasil.

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O Ford Galaxie foi um marco no Brasil. Trata-se do primeiro sedan de grande porte produzido no País e que coincidiu com o décimo ano de instalação da indústria automobilística nacional. Também foi o primeiro automóvel produzido pela Ford brasileira, até então dedicada a fabricar picapes e caminhões. Naquela época, o parque automobilístico brasileiro só tinha três sedans médio, que eram a versão brasileira do Alfa Romeo 2000 berlina (sedan italiano), chamado FNM 2000 JK(que perdeu o JK em 1964 por razões meramente políticas). o Aero Wills 2600 e Simca Chambord.

 

O Ford Galaxie, para o brasileiro, era a viva imagem do modo de vida americano em solo pátrio. Lançado em novembro de 1966, no Salão do Automóvel de São Paulo, só começou a ser comercializado três meses depois. Não fossem as duas crises do petróleo, a de 1973 e a de 1979, possivelmente tivesse continuado sua vida até o final da década de 1980 ou começo da de 1990, já que tinha concorrente á altura.

 

O Ford Galaxie 500 brasileiro era o mesmo produzido no seu país de origem desde 1965, sendo portanto atualizado. Desse modo, já era conhecido pelos brasileiros e a notícia de que a Ford se preparava para fabricá-lo aqui teve grande repercussão no mercado.

 

A imagem de luxo e conforto que transmitia era algo que o brasileiro admirava e desejava. Em parte, esse sentimento foi gerado pelos grandes carros americanos que chegaram ao Brasil em grande quantidade a partir do fim da II Guerra Mundial.

 

O Ford Galaxie era um carro enorme para os padrões nacionais. Seu traço mais marcante era a capacidade do seu porta-malas, que se tornou um dos grandes argumentos de venda. Media 5.380 mm de comprimento; a proporção entre os volumes traseiros, central e dianteiro garantia o equilíbrio e a elegância. Apesar de muito grande o Ford Galaxie não tinha aspecto abrutalhado.

 

Seu rodar era absolutamente macio e silencioso, isolando os ocupantes da mais imperfeita pavimentação, comum no Brasil naquela época. O ruído do motor, um V8 de 4.456 cm³ (272 polegadas cúbicas), era como um leve rumor. Sua potência de 164 cv (potência SAE bruta) a 4.400 rpm, de modo que no atual padrão de potência liquida da indústria não devia desenvolver mais de 130 cv (a diferença entre as duas potências gira em torno de 20%). Era pouca potência para movimentar um carro tão grande.

 

O Ford Galaxie não economizava em cromados, mas nem por isso era exageradamente adornado. Havia um par de faróis dispostos verticalmente em casa extremidade. Eles estavam embutidos nos para-lamas, mas visualmente pareciam integrar a grade. Na extremidade frontal do capô, bem no centro, um dos brasões mais importantes da Ford. Pela sua localização era conhecido como “mira”.

 

Um curiosidade de uma época em que os carros costumavam ter muitos instrumentos no painel era o fato de o Ford Galaxie não ter termômetro d´água (talvez um dos primeiros no muindo sem esse instrumento). No seu lugar havia duas luzes-espiãs. Um era azul e ficava acesa enquanto a água não atingisse a temperatura de 60 ºC. A outra era vermelha e acendia em caso do superaquecimento do motor. Outra singularidade do Ford Galaxie era seu velocímetro de escala reta e horizontal. Era diferente, mas dava para ler a velocidade perfeitamente.

 

Era a primeira vez que se via em um automóvel nacional freio de estacionamento acionado pelo pés esquerdo, solução vista em vários carros hoje. E outra novidade era os quebra-ventos operados por manivelas

 

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