Ford Belina II (1980) – Edição 31

A Ford Belina II tinha mercado certo.

 

Projeto M, quase uma obrigação. Ford Belina, um carro familiar que cativou o Brasil. Belina I e II, líderes indiscutíveis do mercado. Um sucesso inesperado e sem precedentes.

Ford-Belina-1980

O Ford Corcel foi, com toda certeza, um dos carros mais queridos do Brasil e que, curiosamente, não nasceu com a marca do oval azul, mas com o símbolo da Renault. Além disso, era para ter sido fabricado pelas Willys-Overland do Brasil, e não pela Ford.

 

Única perua da Ford na década de 70, a linha Belina recebeu um banho de atualidade em 1978, quando passou a ser denominada Belina II: ela incorporava as principais alterações da linha Corcel, com linhas retas e angulosas capazes de disfarçar um projeto prestes a completar dez anos. A bem da verdade, a Belina II mantinha a robustez e economia de sua antecessora, em um pacote mais funcional e atraente.
Sua grande área envidraçada permitia ótima visibilidade e o porta-malas (até o teto) chegava a 768 litros, só 6 litros menor que o da rival Chevrolet Caravan. Reforços estruturais deixavam o monobloco mais seguro e a lista de itens de segurança incluía pneus radiais, para-brisa laminado e coluna de direção retrátil. Um dos segredos do baixo consumo estava na aerodinâmica: suas linhas foram desenvolvidas em túnel de vento, diminuindo o coeficiente de arrasto. Ela continuou sendo explorada nos anos seguintes, com defletores que diminuiam a turbulên- cia sobre diversos componentes mecânicos. Uma ventoinha com embreagem eletromagnética automática, oferecida como opcional, ajudava a poupar preciosos 4 cv. As versões eram a L, mais simples, e a LDO, luxuosa, mas o acabamento era esmerado em ambas, com materiais de qualidade e arremates bem feitos. Também comum era a aeração interna de grande vazão, que renovava o ar ambiente de forma constante, evitando a sonolência do motorista. A suspensão entregava a idade do projeto, com braços sobrepostos na dianteira e eixo rígido na traseira.

 

O rodar era macio, tipicamente americano, e o comportamento no limite da aderência era subesterçante, de fácil correção. Mesmo sem assistência, a direção da perua era leve e precisa e as frenagens de emergência não provocavam desvios de trajetória. Idealizada para ser econômica, espaçosa e confortável, era difícil encontrar alguma esportividade na Belina II. O excelente isolamento acústico suprimia o som do pequeno motor 1.4, capaz de percorrer mais de 12 km com apenas 1 litro de gasolina.

 

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